sexta-feira, 11 de maio de 2012

FISIOTERAPEUTAS ASSEGURAM EXERCÍCIO DA ACUPUNTURA NO PLANO DE SAÚDE DA CEF


A Associação Gaúcha de Fisioterapeutas Acupunturistas (Agafisa) e a Sociedade Brasileira de Fisioterapeutas Acupunturistas (Sobrafisa),  após contato de fisioterapeuta sobre descredenciamento destes profissionais do atendimento em acupuntura, imediatamente procurou o plano de saúde da Caixa Econômica Federal que, após explicações sobre imperfeições da decisão do TRF1, bem como parecer de demais órgãos, incluindo Ministério da Saúde e Coffito, obteve novamente o direito ao exercício. O Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (Coffito) também emitiu ofício ao plano de saúde.
Na ocasião, foi ressaltado os últimos 26 anos de exercício da acupuntura no país, inclusive, trazendo como adendos o reconhecimento da especialidade de acupuntura por parte dos fisioterapeutas em 1985, enquanto a medicina apenas em 1992. Outro dado apresentando foram os pareceres emitidos pelo Conselho Nacional de Saúde, que recorda os programas nacionais de saúde, que reconhecem a prática da acupuntura em outras profissões. Ainda, foi salientada a fiscalização dos conselhos profissionais de saúde em relação ao exercício da acupuntura.  Consta também no parecer do CNS, a recomendação aos conselhos estaduais  para que façam valer a política nacional.  Ao final da matéria  estão incluídos os os documentos apresentados pelas entidades a fim de proteger o exercício do fisioterapeuta  acupunturista.
Após o contato, o plano de saúde da Caixa Econômica Federal  retornou informando que a decisão havia sido revogada, observe trecho enviado pelo gerente executivo da GESAD – GN Plano de Saúde e Ambiência Corporativa, Vitor Shammass de Mancilha:
 “…Em virtude da grande discussão sobre o tema, informamos que revogamos a orientação anterior de suspender os atendimentos de acupuntura pelos fisioterapeutas… Ressaltamos que os fisioterapeutas credenciados ao Saúde CAIXA sempre foram considerados como profissionais capacitados e parceiro dos empregados da CAIXA e esperamos que essa situação se clarifique o mais breve possível”.

CNS FAZ RECOMENDAÇÃO SOBRE EXERCÍCIO DA ACUPUNTURA


Publicado/Atualizado em 19/4/2012 16:41:43

 CONSELHO NACIONAL DE SAÚDE
 RECOMENDAÇÃO Nº 005, DE 12 DE ABRIL DE 2012

O Plenário do Conselho Nacional de Saúde, em sua Ducentésima Trigésima Segunda Reunião Ordinária, realizada nos dias 11 e 12 de abril de 2012, no uso de suas competências regimentais e atribuições conferidas pela Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, pela Lei nº 8.142, de 28 de dezembro de 1990 e pelo Decreto nº 5.839, de 11 de julho de 2006, e
Considerando o principio do livre exercício profissional, estabelecido no Art.5º Inciso XIII da Constituição Federal de 1988;
Considerando o Decreto Presidencial no 5.753, de 12 de abril de 2006 que referenda a Acupuntura como patrimônio cultural intangível da humanidade pela UNESCO em 17 de outubro de 2003;
Considerando a Portaria MS nº 971, de 3 de maio de 2006, que aprova a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no Sistema Único de Saúde;
Considerando as Recomendações do CNS nº 027, de 15 de outubro de 2009 e de n o 010 de 11 de agosto de 2011;
Considerando o que preconiza a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares, aprovada pelo Conselho Nacional de Saúde, pactuada na Comissão Intergestores Tripartite e implementada pelo Ministério da Saúde, que prevê a utilização multiprofissional da Medicina Tradicional Chinesa, no que concerne à Acupuntura;

 RECOMENDA:

1. aos gestores e prestadores de serviços de saúde, com o devido reforço do CONASS e do CONASEMS, que ao implementar  políticas  ou programas de saúde referentes às praticas integrativas e complementares, em especial, com a oferta de ações e serviços de acupuntura que procedam a contratação para esta e as demais práticas integrativas e complementares em saúde de forma multiprofissional em todos os níveis de assistência de acordo com o preconizado pela Política Nacional de Praticas integrativas e complementares no Sistema único de Saúde;

2. aos Conselhos Estaduais e aos Municipais de Saúde a atenção e providências cabíveis para o cumprimento desta recomendação em consonância com a referida política nacional em especial ao que tange a Acupuntura resguardando o direito do usuário da saúde de acesso a este serviço. 

Plenário do Conselho Nacional de Saúde, em sua Ducentésima Trigésima Segunda Reunião Ordinária.

Fonte: www.coffito.org.br

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Síndrome do impacto no Ombro



A síndrome do impacto (SI) é uma das causas mais comuns de dores no ombro em adultos, e nas últimas décadas tem se tornado um diagnóstico cada vez mais comum para pacientes com dores no ombro.
Resultante de uma pressão na musculatura estabilizadora do ombro (manguito rotador) exercida por parte da escápula quando o braço é elevado, a SI é um diagnóstico especifico e não é a única causa de dor na porção ântero-superior do ombro. O impacto pode ser de difícil detecção, pois a clínica apresentada pode estar confusa. É importante diferenciar a síndrome do impacto de outras condições que causam manifestações clínicas no ombro, como a radiculite cervical, tendinite calcária, capsulite adesiva, doenças degenerativas (da articulação, osteoartrose isolada da articulação acrômio-clavicular e compressão, nervosa).
O manguito rotador é formado por quatro músculos – o supraespinhoso, o infraespinhoso, o subescapular e o redondo menor. Estes músculos cobrem a cabeça do úmero, trabalhando em conjunto para elevar e girar o braço.
O acrômio é a borda frontal da escápula, posicionado acima e na frente da cabeça do úmero. Quando o braço é elevado, ocorre um impacto entre o acrômio e os tendões do manguito rotador. Isto pode causar dor e limitação de movimentos.
A dor pode ser por uma inflamação da bursa (bursite) que cobre o manguito rotador ou uma tendinite do próprio manguito. Algumas vezes, uma ruptura parcial do manguito pode ser a causa da dor.

CAUSAS

As causas da síndrome do impacto são divididas didaticamente em:

- Fatores extrínsecos: são aqueles relacionados com o impacto mecânico nas estruturas do arco coracoacromial;
- Fatores intrínsecos: são aqueles relacionados com as alterações fisiológicas das estruturas do espaço subacromial.

Fraqueza muscular

Vários estudos comprovam que a fraqueza dos músculos do manguito rotador pode levar a uma superiorização da cabeça do úmero, levando assim ao fenômeno do impacto. É consenso que uma importante função do manguito é a estabilização, pois em um ombro são, ele centraliza  a  cabeça  do úmero exatamente no centro da cavidade glenóide deixando os ligamentos e a cápsula frouxos  durante a maioria dos movimentos funcionais. Um desbalance dos músculos situados abaixo do hemisfério da cabeça do úmero em relação ao supra-espinhoso e principalmente o deltóide, que é substancialmente mais volumoso, puxaria a cabeça do úmero para cima causando assim o impacto.

Uso excessivo (overuse)

É a chamada "overuse syndrom" e é encontrada em atletas que usam o membro superior em demasia e os realizam com movimentos repetitivos sobre a cabeça (overhead motion). As atividades mais comuns incluem natação, tênis, lançadores. etc. Uma mínima mudança na técnica em que o atleta realiza seus movimentos pode levar a um distúrbio das forças de equilíbrio do ombro excedendo o nível de tolerância das partes moles. Isto causa uma inflamação e aumento da área ocupada por elas no espaço subacromial, levando a fricção sob o arco coraco-acromial.

Hipovascularização tendínea:

Vários estudos confirmam esta hipótese. Sabe-se que a pressão contínua entre a grande tuberosidade e a porção ântero-inferior do acrômio determina diminuição da rede capilar na zona de inserção do músculo. No exame microscópico, segundo Fukuda, dentro do tendão existe maior concentração de vasos sanguíneos na parte bursal do que na parte articular. Os estudos pioneiros de Codman no início do século, confirmados pelos de Macnole na década passada são fortes argumentos que sustentam esta hipótese.

SINTOMAS

Os sintomas iniciais podem ser leves. Normalmente os pacientes não procuram tratamento nas fases iniciais.
  • Deve-se estar atento a dores leves que estão presentes tanto na atividade quanto no repouso.
  • Pode haver dor que vai da parte frontal até a lateral do braço.
  • Pode haver dor súbita ao levantar o braço.
  • Atletas podem sentir dor nos golpes altos.

A síndrome do impacto normalmente causa dor e inchaço na parte frontal do ombro. Pode haver dor e rigidez na elevação do braço. Também pode haver dor ao se abaixar o braço após este estar elevado.
Quando há progressão do quadro, pode ocorrer dor à noite. Ocorre perda de força e de movimentos. Dificuldade de colocar o braço atrás do corpo, para vestir-se. Em casos avançados, a perda de movimento pode progredir para um “ombro congelado”. Nas bursites agudas, o ombro pode estar com dor intensa. Todos os movimentos podem estar limitados e doloridos.

DIAGNÓSTICO

Para o diagnóstico da síndrome do impacto, o ortopedista avalia os sintomas e o exame físico do ombro.
Pode ser necessário um exame de raio-X. Uma incidência especial, chamada de “túnel do supraespinhoso”, algumas vezes pode mostrar um pequeno esporão sob o acrômio, o que irá aumentar o impacto sobre o manguito rotador. Podem ser necessários outros exames, como a ressonância magnética (RM). Este pode mostrar líquidos ou inflamação da bursa e do manguito rotador. Até uma ruptura parcial do manguito pode aparecer na RM.
Algumas vezes, um teste com injeção de anestésico local na bursa, pode ajudar a confirmar o diagnóstico.



TESTES ORTOPÉDICOS

Teste da lata vazia (supra-espinhoso)

Posição/Ação: O paciente fica em pé com os ombros abduzidos a 90º, abduzidos horizontalmente a 30º e rotados medialmente de modo que os polegares apontem para baixo. O examinador aplica resistência contra o movimento ativo do paciente para elevar os ombros
Achados Positivos: Deve suspeitar de comprometimento do M. Supra-espinhoso e/ou de seu tendão e caso de fraqueza e/ou relato de dor.

Teste do impacto de Neer

Posição/Ação: Paciente sentado ou de pé com ambos os membros superiores relaxados. O examinador fica em pé com uma das mãos sobre a escápula (por trás) e a outra segurando o cotovelo do paciente (pela frente). Com a escápula do paciente estabilizada, o examinador passivamente realiza flexão máxima do ombro afetado.
Achados Positivos: Dor no ombro e apreensão são indicativos de impacto no ombro, particularmente do supra-espinhoso e da cabeça longa do bíceps braquial.




Teste de impacto de Hawkins-Kennedy

Posição/Ação: Paciente sentado ou em pé com os ombros superiores relaxados. Examinador em pé com uma das mãos segurando o cotovelo, e a outra, o punho do paciente, ambas no membro afetado. O examinador flexiona o ombro a 90º e então o roda medialmente.
Achados Positivos: Dor no ombro e apreensão são indicativas de impacto do ombro, particularmente do tendão do supra-espinhoso.



OPÇÕES DE TRATAMENTO

O tratamento inicial é conservador, através de repouso, evitando atividades com as braços elevados. Antiinflamatórios normalmente são prescritos. Exercícios de alongamentos para melhorar a mobilidade em ombros rígidos também podem ajudar.
Muitos pacientes se beneficiam com a infiltração de corticóide com anestésicos locais. Também pode ser recomendada uma reabilitação na fisioterapia. O tratamento pode levar várias semanas ou meses. Muitos pacientes melhoram gradualmente e retornam às suas atividades normais.

CIRURGIA

Quando o tratamento conservador não alivia a dor, pode ser recomendado o tratamento cirúrgico. O objetivo da cirurgia é remover o impacto criando mais espaço para o manguito rotador. Isto permite que a cabeça do úmero se movimente livremente, elevando-se o braço sem dor. A cirurgia mais comum é a descompressão subacromial, ou acromioplastia anterior. Pode ser realizada por via aberta ou via artroscópica.
Na maioria dos casos a parte frontal (anterior) do acrômio é removida juntamente com a bursa. O cirurgião pode tratar outras patologias presentes no ombro ao mesmo tempo da cirurgia para a síndrome do impacto. Isto pode incluir artrite acrômioclavicular, tendinite do bíceps ou uma ruptura parcial do manguito rotador.

REABILITAÇÃO

Após a cirurgia, o braço é colocado em uma tipóia por um período curto. Isto permite uma cicatrização precoce. Após isto deve ser encaminhado para a fisioterapia. Ao encaminhar o paciente, o cirurgião deve fornecer dados e sugerir certas precauções conforme os achados durante a cirurgia. O tratamento pós-operatório pode levar de 2 a 4 meses.

PROTOCOLO FISIOTERAPÊUTICO:

Mesmo nos quadros agudos, ou até crônicos em que encontramos um quadro álgico intenso, já podemos iniciar um tratamento cinesioterápico no paciente para tentar diminuir sua queixa principal: a dor.
Se tivermos a dor como manifestação clínica, certamente já temos instalado um quadro inflamatório, o que aumenta o volume das estruturas subacromiais levando a mais fricção das mesmas contra o arco coracoacromial, o vai conduzir a mais dor e mais inflamação.
Como já foi visto com o aumento do quadro álgico o paciente deixará de usar o membro para a maioria dos seus movimentos do dia a dia. O desuso afetará a biomecânica normal no ombro.
Durante a elevação ativa do membro, os músculos deltóide e supra-espinhal estão atuando para a realização de tal movimento. Neste movimento, os músculos rotadores internos e externos do manguito apresentam importante papel de estabilização, pois eles tendem a tracionar a cabeça do úmero para baixo, mantendo-a centralizada na cavidade glenóide, conservando íntegro, assim, o espaço subacromial. Com o desuso, os rotadores serão os mais prejudicados, levando a uma superiorização da cabeça umeral.
Se quisermos acabar com o quadro inflamatório e consequentemente a dor, temos que descomprimir o espaço subacromial, diminuído pelas razões já citadas.
Para tal, entra em cena o programa de fortalecimento dos músculos rotadores do manguito, ou seja, o subescapular, o infraespinhoso e o redondo menor (estabilizadores).
Se o paciente ainda não consegue realizar os movimentos isotonicamente, podemos instruí-lo a realizá-los isometricamente, contra uma parede, por exemplo, até que o consiga. Segue abaixo um roteiro do tratamento:

  • Cinesioterapia ativa dos rotadores Int. e Ext.;
  • Distensão capsular com inferiorização passiva da cabeça do úmero, descomprimindo o espaço subacromial;
  • Alongamento (stretch de supra espinhoso);
  • Exercícios de Coodman, também para descompressão subacromial;
  • Crioterapia;
  • Medidas eletroterápicas anti-inflamatórias: TENS, Ultra-som, iontoforese, Laser, etc. 

No caso de fisioterapia pós-operatória, só o que muda é a fase inicial, onde se dará prioridade a controle de edema e ganho de amplitude de movimento (ADM), geralmente as 2ª semanas de tratamento, após isso segue conforme o protocolo já citado acima.
É importante que, durante o tratamento, as atividades que requeiram o uso dos membros superiores sobre a cabeça sejam evitados ou mesmo substituídos, assim como as atividades que possam levar ao impacto subacromial e dor.
Com o alívio do quadro álgico e a restauração do arco de movimento completo, todos os músculos da cintura escapular devem ser fortalecidos.

REFERÊNCIAS

CHECCHIA S. L, SANTOS P. D. Síndrome do impacto: tratamento cirúrgico. rev. bras. ortop; ed. 27. p.65-70. Jan/Fev, 1992.
KONIN J. G. Fisioterapia: Guia Fotográfico de Testes para Avaliação Ortopédica. 3 ed. Guanabara-Koogan. Rio de Janeiro. 2007. 
PRENTICE W. E, VOIGHT M. L. Técnicas em reabilitação musculoesquelética. ed. Artmed. Porto Alegre. 2001.

terça-feira, 3 de abril de 2012

SOBRAFISA esclarece o direito dos fisioterapeutas a exercerem a acupuntura!


Nota de esclarecimento da SOBRAFISA sobre a decisão do TRF 1ª Região
Publicado/Atualizado em 2/4/2012 10:21:00

SOBRAFISA DECLARA:
“A ACUPUNTURA É MULTIPROFISSIONAL E NÃO EXCLUSIVA DE MÉDICOS”.
“Acupuntura pode ser feita pelo Fisioterapeuta”
A SOBRAFISA – Sociedade Brasileira de Fisioterapeutas Acupuntura.
ESCLARECE aos seus associados e população:

O Conselho Gestor da SOBRAFISA reunido durante as atividades do IV Congresso Brasileiro de Acupuntura aberto dia 30 de março e transcorrendo com sucesso absoluto em Ribeirão Preto, após consulta a vários Juristas sobre o assunto: “acupuntura quem pode praticar” e a inúmeras sentenças favoráveis já prolatadas legitimando o Fisioterapeuta a essa prática milenar, resolve a bem da verdade e no sentido de tranquilizar seus Associados, aos Fisioterapeutas em geral e a Sociedade que se beneficia dessa Assistência e do Projeto “ACUPUNTURA SOLIDÁRIA”
Que a decisão do TRF da 1ª região não se sobrepõe a decisão do STJ anteriormente TFR que já em 1987 como última instancia decidiu pela legalidade do FISIOTERAPEUTA praticar a ACUPUNTURA. Essa conquista do CREFITO 2 se estende a todo Brasil, e a conclusão obvia a que se chega é:

“ACUPUNTURA PODE SER EXERCIDA PELO FISIOTERAPEUTA. É LEGAL! É DIREITO ASSEGURADO!”


SOBRAFISA reafirma: O exercício da Acupuntura pelo Fisioterapeuta já esta garantido desde 1987, pois o julgamento que foi divulgado essa semana pela mídia, não tem força jurídica para anular decisões do Supremo Tribunal Federal, pois este é instância jurídica superior em relação ao julgamento divulgado.
Solicitamos a impressa desfazer esse equívoco, a bem da verdade, por ter acarretado prejuízos aos profissionais estabelecidos, mas principalmente a sociedade e aos pacientes que se inquietam e se sentem inseguros diante das falsidades e da inconstitucionalidade da sentença ora divulgada de forma leviana e irresponsável.
Portanto: “A ACUPUNTURA É MULTIPROFISSIONAL E NÃO EXCLUSIVA DE MÉDICOS”.

quarta-feira, 21 de março de 2012

Cientistas confirmam relação entre calvície precoce e problemas de próstata

Um grupo de cientistas espanhóis confirmou a existência de uma relação entre a calvície precoce e a hiperplasia benigna da próstata (HBP), um crescimento não maligno da próstata que, geralmente, aparece nos homens com mais de 40 anos.
Segundo a Universidade de Granada, situada no sul da Espanha, esta doença é registrada em 50% dos homens com mais de 60 anos e pode ser identificada com uma excessiva de vontade de urinar.
O estudo científico, publicado na revista da Academia Americana de Dermatologia e ganhador do primeiro prêmio do 68º Congresso Anual desta mesma instituição americana, explica que os homens que sofrem calvície precoce têm mais possibilidades de sofrer de HBP do que os demais.
A calvície precoce ocorre com mais frequência nos homens do que nas mulheres e apresenta um componente hereditário que evolui progressivamente sem tratamento.
A hiperplasia benigna também costuma ser frequente e provoca um crescimento anormal e desordenado das glândulas que estão em contato direto com a uretra, sendo que a formação de um tumor (benigno) acaba obstruindo a saída da urina.
Para a realização deste estudo, os cientistas analisaram 87 homens, 45 deles diagnosticados com calvície precoce e outros 42 sãos. A partir daí, os resultados demonstraram que existia uma relação clara e direta relação entre os sujeitos com calvície precoce e os que sofriam de HBP.
A pesquisa foi realizada através de estudos de pesquisadores da Universidade de Granada, do Hospital Universitário San Cecilio de Granada e do Hospital St. Thomas de Londres.

terça-feira, 20 de março de 2012

Linfócito T modificado pode ser a nova arma contra o câncer!


Um ano atrás, quando a quimioterapia parou de funcionar contra sua leucemia, William Ludwig se inscreveu para ser o primeiro paciente a ser tratado em um corajoso experimento na Universidade da Pensilvânia. Ludwig, então com 65 anos, agente penitenciário aposentado de Bridgeton, Nova Jersey, sentia que sua vida estava se acabando e imaginou que não tinha nada a perder.

Os médicos removeram 1 bilhão de suas células T (ou linfócitos T) – um tipo de glóbulo branco que combate vírus e tumores – e as proveram com novos genes, que iriam programar as células para atacar o câncer. Então, as células alteradas foram novamente inseridas nas veias de Ludwig.
No começo, nada aconteceu. Mas, depois de dez dias, as portas do inferno foram abertas em seu quarto de hospital. Ele começou a tremer, com calafrios. Sua temperatura aumentou. Sua pressão sanguínea baixou. Ele ficou tão doente que os médicos o moveram para a UTI e o avisaram de que poderia morrer. Sua família se reuniu no hospital, temendo o pior.
Algumas semanas mais tarde, não existia mais febre. E também não existia mais a leucemia. Não havia rastro dela em lugar algum.
Um ano depois, Ludwig ainda está em completo processo de remissão. Antes, havia dias quando ele mal conseguia levantar-se da cama; agora, ele joga golfe e trabalha no jardim.
”Ganhei a minha vida de volta’’, diz.
Os médicos de Ludwig ainda não afirmaram que ele esteja curado – é cedo demais para dizer isso – nem declararam vitória contra a leucemia com base nesse experimento, que envolveu apenas três pacientes. As pesquisas, dizem eles, ainda têm um longo caminho pela frente e o tratamento ainda está em fase experimental, não estando disponível fora dos estudos. Mas os cientistas dizem que o tratamento que ajudou Ludwig, descrito recentemente na revista New England Journal of Medicine and Science Translational Medicine, pode significar o ponto de virada na longa luta para desenvolver terapias genéticas efetivas contra o câncer. E não apenas para os pacientes de leucemia: outros cânceres também podem ser vulneráveis a essa nova abordagem – que emprega uma forma desabilitada do HIV-1, o vírus causador da Aids, para levar os genes anticâncer até as células T dos pacientes.
Dois outros pacientes estiveram sob o mesmo tratamento experimental. Um teve remissão parcial, e o outro, completa. Todos os três tinham leucemia linfoide avançada e já não tinham mais opções para quimioterapia.
O Dr. Carl June, que liderou as pesquisas e é o diretor para medicina translacional no Centro de Câncer Abramson na Universidade da Pensilvânia, diz que os resultados assombraram até mesmo a ele e seus colegas David L.Porter, Bruce Levine e Michael Kalos. Eles esperavam obter algum benefício, mas não haviam ousado sonhar com remissões completas e prolongadas. Na verdade, quando Ludwig começou a ter febres, os médicos não perceberam, a princípio, que isso era um sinal de que suas células T estavam engajadas em uma furiosa batalha contra o câncer do paciente.
Outros especialistas da área dizem que os resultados foram um avanço importantíssimo. ”É um excelente trabalho’’, disse o Dr. Walter J. Urba, do Centro de Câncer Providence e do Instituto de Pesquisas Earle A. Chiles em Portland, Oregon. Ele descreveu a recuperação dos pacientes como extraordinária, empolgante e significativa. ”Sinto-me muito positivo em relação a essa nova tecnologia. Conceitualmente, a coisa é grande, muito grande’’.
Para administrar o tratamento, os pesquisadores coletaram o máximo de células T do paciente que conseguiram, passando seu sangue por uma máquina que removia as células e retornava os outros componentes do sangue. As células T eram então expostas ao vetor, que as transformava geneticamente, e depois congeladas. Nesse meio tempo, os pacientes eram submetidos a quimioterapia para exaurir quaisquer células T remanescentes, porque essas células T nativas poderiam impedir o crescimento das alteradas. Finalmente, as células T modificadas eram inseridas de volta aos pacientes.


O tratamento eliminou todas as células B (ou linfócitos B) dos pacientes, tanto saudáveis quanto acometidas de leucemia, e irá continuar com esse processo enquanto as novas células T persistirem no corpo, o que poderia ser para sempre (e conceitualmente deveria ser, para manter a leucemia afastada). A falta de células B significa que os pacientes podem tornar-se vulneráveis a infecções e que precisarão de transfusões periódicas de uma substância chamada imunoglobulina intravenosa para protegê-los.
Mesmo que o novo tratamento baseado nas células T prove-se eficaz, a indústria farmacêutica será necessária para produzi-lo em massa. Mas June diz que as pesquisas estão sendo conduzidas apenas em universidades e não nas companhias farmacêuticas.
Segundo ele, para que a indústria farmacêutica se interesse, deverão ser fornecidas provas incontestáveis de que o tratamento seja extremamente melhor do que os já existentes.


sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Médicos usam com sucesso células-tronco em tratamento para o coração.


Médicos de uma universidade no estado americano do Kentucky desenvolveram uma técnica que pode mudar radicalmente o tratamento de doenças cardíacas.
Um ataque cardíaco, uma corrida para o hospital. Salvo, Mike Jones, de 68 anos, ficou sem conseguir subir um degrau. Mas agora... "Agora eu posso brincar com meus netos, jogar basquete com eles", comemora.
Só nos Estados Unidos, quase 6 milhões de americanos sofrem de insuficiência cardíaca. E neste ano mais 670 mil pessoas vão ter esse problema. A solução, de acordo com os médicos, é mais fácil do que se imaginava: a cura do coração está no próprio coração.
Cardiologistas do hospital da Universidade de Louisville fizeram um estudo com 16 pacientes. Retiraram células-tronco do coração, fizeram cópias em laboratório, já que as produzidas pelo organismo seriam insuficientes para o tratamento. Em seguida, injetaram no coração as células-tronco cardíacas capazes de se transformar em novas células. Os músculos cardíacos começaram a se recuperar, os vasos sanguíneos também.
"Este é o maior avanço que eu já vi na cardiologia em toda a minha vida", disse o médico Roberto Bolli, que participou da pesquisa.
O coração de Mike Jones, que mal conseguia bombear sangue antes da cirurgia, um ano depois, ficou mais forte e passou a mandar 40% mais sangue para o organismo. Hoje esse número já chegou a 60%.
O desafio agora dos médicos é conseguir os mesmos resultados em um número muito maior de pacientes para que a técnica seja definitivamente aprovada.