sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Médicos usam com sucesso células-tronco em tratamento para o coração.


Médicos de uma universidade no estado americano do Kentucky desenvolveram uma técnica que pode mudar radicalmente o tratamento de doenças cardíacas.
Um ataque cardíaco, uma corrida para o hospital. Salvo, Mike Jones, de 68 anos, ficou sem conseguir subir um degrau. Mas agora... "Agora eu posso brincar com meus netos, jogar basquete com eles", comemora.
Só nos Estados Unidos, quase 6 milhões de americanos sofrem de insuficiência cardíaca. E neste ano mais 670 mil pessoas vão ter esse problema. A solução, de acordo com os médicos, é mais fácil do que se imaginava: a cura do coração está no próprio coração.
Cardiologistas do hospital da Universidade de Louisville fizeram um estudo com 16 pacientes. Retiraram células-tronco do coração, fizeram cópias em laboratório, já que as produzidas pelo organismo seriam insuficientes para o tratamento. Em seguida, injetaram no coração as células-tronco cardíacas capazes de se transformar em novas células. Os músculos cardíacos começaram a se recuperar, os vasos sanguíneos também.
"Este é o maior avanço que eu já vi na cardiologia em toda a minha vida", disse o médico Roberto Bolli, que participou da pesquisa.
O coração de Mike Jones, que mal conseguia bombear sangue antes da cirurgia, um ano depois, ficou mais forte e passou a mandar 40% mais sangue para o organismo. Hoje esse número já chegou a 60%.
O desafio agora dos médicos é conseguir os mesmos resultados em um número muito maior de pacientes para que a técnica seja definitivamente aprovada.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Cientistas argentinos descobrem mecanismo que ajuda a entender Alzheimer!


Cientistas argentinos descobriram um mecanismo que fornece novos dados sobre o funcionamento da comunicação entre neurônios, o que pode ajudar a compreender doenças como o mal de Alzheimer, informaram nesta segunda-feira à Agência Efe os responsáveis pelo estudo.
Trata-se de um mecanismo fundamental para a formação, fortalecimento e funcionamento das sinapses, ou seja, os pontos de comunicação entre os neurônios, explicou a Agência de Ciência e Técnica do Instituto Leloir, onde a pesquisa foi desenvolvida.
A equipe identificou neste processo de comunicação pacotes de RNA mensageiro (responsável pela transferência de informação do DNA) temporariamente inativos, denominados "focos de silenciamento de mensageiros", explicou Graciela Boccaccio, chefe do Laboratório de Biologia Celular do Instituto Leloir.
Com a formação desses pacotes, o RNA mensageiro não pode cumprir sua função, que permite consolidar a comunicação entre neurônios para memória e aprendizagem.
Os cientistas também identificaram neste processo a proteína Smaug 1, que, quando bloqueada, produz um defeito sináptico grave e os neurônios não se desenvolvem completamente, de acordo com o estudo.
"Esses defeitos são muito similares aos observados em várias doenças neurodegenerativas", disse Boccaccio.
Durante o trabalho, publicado na revista "The Journal of Cell Biology", os cientistas analisaram, em roedores, neurônios do hipocampo, região do cérebro associada aos aspectos cognitivos.
Para a pesquisadora, o estudo dá uma luz sobre como funciona a sinapse e pode ajudar a criar novos caminhos para entender doenças como o mal de Alzheimer e a esclerose.