O Watsu, também conhecido como "Water Shiatsu", aquashiatsu ou hidroshiatsu, foi criado por Harold Dull em 1980. São aplicados alongamentos e movimentos do zen shiatsu na água, incluindo alongamentos passivos, mobilização de articulações e "hara-trabalho", bem como pressão sobre "tsubos" (acupontos) para equilibrar fluxos de energia através dos meridianos (caminhos de energia)2.
O Watsu pode ser aplicado em piscinas que possuem um ou mais níveis de profundidade. Cuja, temperatura ideal é estimada em 35 º C dependendo do grupo e da patologia que o indivíduo apresenta4.
A utilização do método Watsu como recurso hidroterapêutico em pacientes portadores de dor crônica generalizada como a fibromialgia, parece oferecer estratégias para ajudar no tratamento dos mesmos, visto que possui caráter suave, mas de efeito profundo e grande potencial terapêutico. Esse trabalho corporal é desenvolvido em água especialmente aquecida, em que o instrutor conduz o recebedor a alongamentos, balanços simples, manipulações terapêuticas e movimentos rítmicos, ora livres ora seqüenciais5, 7.
As propriedades físicas e o aquecimento da água desempenham um papel importante na melhoria e na manutenção da amplitude de movimento das articulações, na redução da tensão muscular e no relaxamento. Como recurso que utiliza os efeitos físicos, fisiológicos e cinesiológicos advindos da imersão do corpo em piscina aquecida, destaca-se a fisioterapia aquática que auxilia a reabilitação ou prevenção de alterações funcionais3.
A técnica inicia-se com a sincronia entre instrutor e recebedor, ao respirarem juntos. O terapeuta irá flutuar o paciente, mantendo sua cabeça em posição neutra, segura e confortável, evitando a hiper-extensão4.
O nariz do recebedor permanece fora da água. Os ouvidos são mantidos por quase toda sessão imersos, porém por alguns momentos podem ficar em contato com o ar mais frio, estimulando o sistema sensorial primário5.
O corpo do indivíduo será mantido na posição horizontal, sempre sustentado pelo instrutor, que realizará a seqüência de movimentos que incluem massagens, alongamentos e trações1.
Em condições de flutuação, onde o paciente permanece deitado de costas na água, não há nenhuma superfície firme contra a qual os músculos possam reagir. A modulação de reflexo a estiramento é mínima, se existe, fazendo com que haja uma redução do tônus muscular após um período mínimo de 15 minutos6.
Vale ressaltar que o paciente não é necessário ter um grande grau de flexibilidade, posto que as técnicas de Watsu conseguem se adequar ao mesmo4.
Referências
1. ALMEIDA, R.; M.; BORGES, D. D. M.; SILBERBERG, K. A influência do watsu na espasticidade em um portador de lesão medular torácica alta devido a trauma na medula espinhal – estudo de caso. Trabalho de conclusão de curso, Universidade da Amazônia/CCBS, Belém, 2004.
2. BIASOLI, M. C.; MACHADO, CASSIANO, C. M.; Fibromialgia e exercícios físicos. Revista Brasileira de Medicina, v. 65, n. 5, mai 2006
3. CAROMANO, F. A, CANDELORO, J. M. Efeito de um programa de hidroterapia na flexibilidade e na força muscular de idosas. Revista Brasileira de Fisioterapia, São Carlos, v. 11, n.4, p. 303-309, jul./ago. 2007.
4. DULL, H. Watsu – exercícios para o corpo na água. Summus: São Paulo, 2001.
5. GARTHOFF, U. Apostila do Curso de Watsu – Nível II. Watsu Center: São Paulo, 2007.
fibromialgia: Atualização. Neurociências. Minas Gerais, n.3, jul/set. 2004.
6. ROUTI, R. G.; MORRIS, D. M.; COLE, A. J. Reabilitação Aquática. São Paulo: Manole, 2000.
7. VITORINO, D. F. M.; PRADO, G. F. Intervenções fisioterapêuticas para pacientes com fibromialgia: Atualização. Neurociências. Minas Gerais, n.3, jul/set. 2004.
8. Site: www.wellfisiocursos.com.br
8. Site: www.wellfisiocursos.com.br
- Ei Dôto, estou necessitada de uma sessão, rs. Rola?
ResponderExcluirPrometo ser comportada!
Nicoly Uchôa.
;)
Sem uma piscina não tenho como realizar!
ResponderExcluirAcho que vou voltar pro projeto do CESUPA, fiquei de dar uma resposta pro Wellington. Aparece por lá, talvez consiga ganhar uma. rs